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Friday 5 December 2008

blog do mello - globo

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BLOG DO MELLO
O Globo bate recorde: Três barrigaças em cinco dias
Posted: 05 Dec 2008 04:57 AM CST
A vontade de desinformar, de criar uma crise e trazê-la até aqui para desgastar o governo é tanta, que o jornalão dos Marinho está se preparando para o Natal cultivando uma barriga atrás da outra. Quer ser o Papai Noel mais barrigudo dos jornalões.
A primeira barrigaça veio com a notícia de que a Caixa teria deixado de praticar procedimentos padrões no empréstimo que fez à Petrobrás. Nota da Caixa reduz a matéria a pó:
O Globo prestou um desserviço aos seus leitores e deu uma informação errada na manchete de sua edição de hoje, 29-11-2008: “Caixa não consultou auditores no socorro junto à Petrobrás”.
Em seguida, O Globo partiu para cima da Petrobrás. Seguindo cartilha tucana dos governos de Minas e São Paulo, o jornal disse que a empresa não cumpre uma resolução Conama em relação ao teor de enxofre no óleo diesel. Em nota, a Petrobras afirma que as acusações se baseiam em “uma resolução Conama que não existe” e mostra quem está por trás do jornalão nas acusações à empresa:
O grupo de pessoas que atua de forma deliberada e difamatória contra a Petrobras é composto por integrantes das Secretarias de Meio Ambiente dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Cidade de São Paulo, e de algumas organizações não-governamentais que se intitulam representantes da sociedade civil de São Paulo.
A terceira barriga veio com a manchete do domingo: “Vizinhos ameaçam o Brasil com calote de US$ 5 bilhões”, A reportagem afirmava que o governo brasileiro estaria ajudando o Equador e incentivando outros países da América do Sul a darem um “calote” no país. Nota do movimento em favor da auditoria da dívida pública desmonta a “reportagem”:
A matéria construiu um cenário para tentar vender a idéia de que o governo do Equador realizou a auditoria de sua dívida pública com o objetivo de “dar o calote” no Brasil. Ataca o próprio governo brasileiro ao afirmar que este teria contribuído para o “calote” ao investir nesse processo uma funcionária da Receita Federal. Essa é uma acusação leviana, descabida e sem fundamento.
A cessão de servidores públicos para outros países é um procedimento legal, de praxe no âmbito das relações de cooperação internacional. A auditoria é um instrumento fiscal que legitima a contabilidade de todo agente econômico, inclusive do Estado, que visa a garantir a transparência das negociações, e que não tem qualquer intenção prévia, como pretende vender a matéria. Dizer que “O governo brasileiro emprestou mão-de-obra, pagou o custo e, assim, ajudou o Equador a preparar o calote em uma dívida com o BNDES, avalizada pelo Tesouro Nacional”, caracteriza grave distorção dos fatos.
No caso brasileiro, a auditoria da dívida externa está prevista na Constituição Federal de 1988 (art. 26 do ADCT, até hoje não cumprido) como uma ferramenta essencial para fiscalizar a correção das contas e das operações relacionadas ao processo de endividamento público, sendo portanto, completamente distorcida a declaração de que o objetivo de uma auditoria seria “preparar o calote de uma dívida”. Quando o resultado da auditoria confirma a legitimidade do processo, ratifica a divida. Quando, entretanto, aponta alguma infração ou ilegalidade, a atitude responsável é justamente a busca de uma solução legal, nos devidos espaços jurídicos e políticos nacionais e internacionais.
O principio constitucional leva em conta que uma auditoria traz transparência e justiça. Por outro lado, podemos concluir que a falta ou a negação desta auditoria é que deva ser tida como situação esdrúxula e se constitui indefensável do ponto de vista legal e moral, adversa ao interesse público.
A partir daí, a nota segue mostrando os inúmeros erros de informação publicados.
É o caso de se afirmar: Quem lê jornal sabe mal.
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Thursday 4 December 2008

O maior crime da mídia


Escolha qual dos crimes que descreverei abaixo você considera o pior:
1 - fazer pessoas se envenenarem com medicamento controlado.
2 - provocar dramas econômicos nas vidas das pessoas.
Fica difícil decidir, não é mesmo? O crime 1 pode matar, mas e o 2?
Acho o segundo tipo de crime pior. Os dramas econômicos provocam muitos outros nas vidas das pessoas. Alguém em situação econômica muito difícil pode cometer crimes. A dificuldade em encontrar trabalho pode levar ao crime. E crimes também geram mortes.
A mídia cometeu e comete os dois crimes supra mencionados.
No início deste ano, a mídia levou milhões de pessoas a se vacinarem sem necessidade contra a febre amarela ao fazer prevalecer a crença em que haveria uma epidemia dessa moléstia no país. Como a vacina contra a doença é perigosa, dezenas de pessoas adoeceram gravemente e pelo menos duas pessoas morreram por tomarem o medicamento sem necessidade depois de terem sido alarmadas pela mídia.
Agora, os grandes meios de comunicação - que todos sabem quais são - tentam provocar uma queda maior da atividade econômica, de forma a impedir que o governo Lula obtenha um ativo eleitoral que inviabilizaria a vitória do grupo político específico ao qual esses meios se aliaram no fim do século passado.
Não estou inventando nada. A própria guerra de previsões sobre a crise que governo e mídia travam mostra que estou certo.
Enquanto os meios de comunicação veiculam previsões pessimistas sobre os efeitos da crise no Brasil como se fossem fatos e transformam qualquer notícia negativa em comprovação tácita de que esse tipo de previsão é o que vai vingando, Lula e sua equipe vão tratando de dizer o contrário e pedindo às pessoas que não parem de consumir. Porém, timidamente.
Os problemas que estão surgindo na economia são todos previsíveis e previstos efetivamente. Todos sabiam que as economias americana e européia já estavam em recessão técnica. Os dados oficiais sobre o recuo dessas economias apenas confirmou o que já se sabia. A crise começou faz mais de um ano.
Todos sabiam que haveria recuo na atividade industrial por aqui. Houve - e ainda há - um problema de crédito no Brasil por conta da seca nas linhas de crédito no exterior. E qualquer um que trabalhe em qualquer empresa sabe que houve uma diminuição brusca nos negócios, não por conta de algum fator concreto, mas devido à "cautela" que os agentes econômicos adotaram diante das notícias e dos fatos no mundo rico.
Quando as pessoas físicas e jurídicas já começavam a não ver tanta crise assim e, aqui e ali, já começavam até a desqualificar a gravidade da crise em razão dos números da economia recém-divulgados, números que deram conta de que, ao menos estatisticamente, a crise ainda não teria chegado aqui, a mídia voltou a noticiar o que já se sabia que aconteceria como se fossem fatos novos.
Comparações sem sentido entre hoje e o passado tentam fazer parecer que o país está tão vulnerável hoje quanto estava na última grande crise econômica, a de 1999, quando o governo FHC, depois de passar a campanha eleitoral do ano anterior, na qual se reelegeu, prometendo a manutenção do dólar congelado, teve que promover uma maxidesvalorização do real, do que decorreu uma catastrófica queda da atividade econômica, com desemprego, aumento da pobreza, da desigualdade, da criminalidade e da violência.
Uma estratégia malandra foi vista ontem, quando , no fim da tarde, os grandes portais de internet passaram a divulgar que a Vale demitira 1300 funcionários e a Votorantim duas centenas deles, que depois caíram para uma centena e pouco nos jornais de hoje.
Os telejornais deitaram e rolaram em cima das demissões da Vale. Só para quem se aprofundou na notícia, porém, foi possível saber que as 1300 demissões na empresa foram ao redor do mundo e não apenas no Brasil, ainda que a maior parte dos demitidos seja de brasileiros.
No caso das duas empresas, ambas tiveram redução das atividades por conta de cancelamento de pedidos de grandes clientes no exterior. Ora, quem não sabia que haveria queda de atividade nas empresas que dependem muito de exportações?
A mídia, porém, apresenta as demissões nas duas empresas como se fossem indício de que todas as empresas demitirão, o que desejo afirmar aqui, peremptoriamente, que não acontecerá - e peço que me cobrem se houver alguma alta importante do desemprego nos próximos meses.
O que acontece é que a capacidade da queda da atividade econômica ao redor do mundo de gerar problemas ao Brasil, é bastante limitada. Haja vista que as exportações respondem por apenas 13% do PIB brasileiro.
Por outro lado, a valorização do dólar deverá dar uma forte contribuição a muitos setores da economia que vinham tendo graves problemas para competir com produtos importados.
Vejam só o que estava ocorrendo no segmento em que atuo, o de autopeças. Tomemos como exemplo um produto como pastilhas de freio. As produzidas na China estavam invadindo o país e já começavam a inviabilizar a produção nacional do produto. Agora, todas essas indústrias que vinham tendo queda de vendas por conta dos importados, ganharão fôlego.
Ainda no sentido de ressaltar dados sobre a economia que muitos desconhecem e que, por isso, não entendem por que os problemas que poderemos enfrentar não nos causarão tantos danos quanto no passado, vale reproduzir dados comparativos entre a economia do país na crise de 1999 e nesta.
Em 1999, as exportações brasileiras somavam US$ 50 bilhões. Hoje, são quase quatro vezes maiores, US$ 198 bilhões.
O saldo da balança comercial (diferença entre exportações e importações) era de US$ 6,6 bilhões negativos; hoje, está positivo em US$ 26 bilhões.
O PIB brasileiro, em 1999, era de cerca de US$ 600 bilhões, hoje é de US$ 1,4 trilhão.
A receita da conta-corrente, total de entrada e saída de dólares do país, era de US$ 64 bilhões em 1999, atualmente é de 245 bilhões.
Mas é no déficit em conta-corrente que se vê a grande diferença. Em 1999, havia um déficit de 4,1% do PIB; hoje, o déficit, que há alguns meses não existia, é de 1,8%, mas ocorreu devido a fatores diametralmente diferentes dos de 9 anos atrás.
Naquela época (1999), houve fuga de capital devido à quebra do Brasil, que então batia às portas do FMI e dos EUA para pedir US$ 40 bilhões emprestados, porque, conforme FHC ia queimando nossas reservas para que os Salvatores Cacciolas da vida retirassem seus dólares do país, essas reservas iam derretendo.
Antes do empréstimo do FMI, chegamos a ter apenas 16 bilhões de reservas em dólares, insuficientes para financiar até uns poucos meses de exportações. Hoje, temos US$ 200 bilhões de reservas.
E hoje há uma diferença fundamental para a saída de dólares do país, que a mídia alardeia que bateu nos US$ 7,2 bilhões no mês passado: enquanto ontem os dólares fugiam daqui por medo daqui, hoje eles saem daqui para irem socorrer os investidores estrangeiros nos países nos quais, ao contrário daqui, eles perderam dinheiro.
Contudo, apesar desse aumento das remessas de dólar ao exterior, que inclusive é maior mesmo nos fins de ano, no mês de outubro entraram US$ 3,9 bilhões de investimentos estrangeiros no Brasil, e não em especulação financeira - como era regra em 1999 - mas em setores produtivos.
Enquanto que em 1999 o percentual da dívida pública versus PIB respondia por cerca de metade das riquezas produzidas no país em um ano, hoje essa relação está em 36%, o menor nível em SESSENTA ANOS (!), e isso porque, tecnicamente, o Brasil não tem mais dívida externa, pois têm mais a receber do exterior do que tem a pagar.
Quando digo que a crise não nos pegará com muita força e que o governo Lula pode se consagrar no ano que vem - e comecei a dizer isso quando todos diziam o contrário, até membros do próprio governo -, não é sem razão. Tenho fortes motivos de convicção, motivos que não se limitam apenas à teoria mas também à prática de minha atividade profissional, que se encontra num dos setores mais afetados pela crise, o de exportações.
Porém, a estratégia da mídia pode, sim, vir a gerar problemas para o país. As decisões de suspensão de investimentos que empresários alarmados podem tomar certamente teriam efeito sobre a economia. E essa é uma área onde é perigoso brincar, pois o efeito dominó pode acabar transformando um problema perfeitamente contornável numa redução da atividade econômica que pode pôr o país inteiro em dramas econômicos.
É por isso que o governo Lula e seu titular vêm lutando contra o discurso midiático. Não há um dia em que Lula ou seus ministros não contestem as previsões catastrofistas e as tentativas da mídia de transformar problemas localizados em tendências, pois quando diz que "já há demissões" sinaliza que outras virão, ainda que não se tenha a menor indicação de que haverá aumento do desemprego ou que haverá uma queda mais expressiva na atividade econômica.
Está em curso uma guerra de previsões entre o governo e a mídia. Esta, acha que para ajudar o governador José Serra a chegar mais forte a 2010 precisa fazer com que a crise se agrave, pois a popularidade de Lula é que definirá se ele conseguirá transferir votos para a ministra Dilma Roussef e a mídia acredita que se mostrar que o Brasil só vinha bem até aqui porque "não havia" crise, diminuirá a popularidade do presidente.
Minha recomendação às pessoas é a de que combatam o catastrofismo e o pessimismo. Aí, logo acima, estão dados que devem ser divulgados para que as pessoas entendam o contexto do país na crise.
Está em curso o maior crime que a mídia já cometeu contra o país e, assim, cabe a cada um dos cidadãos responsáveis lutar contra ela. Porém, o governo precisa aumentar o tom de seu discurso, pois a gritaria da mídia sobre a crise está cada vez mais ensurdecedora. Estamos fazendo a nossa parte. Eu, pelo menos, estou tentando fazer a minha. Mas Lula tem que nos ajudar.