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Monday 31 May 2010

ARTIGO EXTRAIDO DO BLOG DO PHA, SOBRE A TELEBRAS E O PORQUE DA NEGATIVA DO GOVERNO FEDERAL AO BROi.


Santanna: por que o Serra é contra a Telebrás. Porque ele é o filhote do FHC
Publicado em 11/05/2010 Compartilhe | Imprima | Vote (+14)


Santanna: a banda larga é como o sol - nasceu para todos


No programa “Record News Atualidade” que vai ao ar às 22H desta terça-feira, na Record News, entrevistei Rogério Santanna, que, como Secretário de Logística do Ministério do Planejamento, criou o Plano Nacional da Banda Larga, o PNBL.



Durante o programa, ele disse que aceitou o convite para ser presidente da Telebrás.

Veja trechos da entrevista (não são literais):



- A banda larga brasileira é cara, lenta e localizada.

- Concentra-se nas classes A e B e ignorou a classe C.

- E ignorou o Nordeste.

- Aumenta o consumo de tudo no Nordeste.

- Menos de banda larga.

- O Brasil dispõe de uma rede paralela à das empresas privadas, que é a infra-estrutura de Eletronet (*), da Eletrobrás e da Petrobrás.

- A partir dessa rede, a Telebrás poderá entregar, em 2014, banda larga a 4.278 municípios.

- Hoje, as telefônicas privadas dizem que só estão interessadas em concorrer em 148 municípios.

- E outros quatro mil ficariam condenados à desconexão eterna.

- As telefônica privadas cobram, hoje, em média, segundo o IPEA, R$ 96 mensais pela banda larga.

- O PNBL quer uma banda larga a R$ 30 – R$ 35 mensais.

- Em 2014, 40 milhões de famílias poderão receber essa banda larga a R$ 35.

- 40 milhões de lares é uma penetração parecida com a do Japão.

- O PNBL vai começar pelo Sudeste e pelo Nordeste.

- As telefônicas privadas não querem sair do bem-bom do monopólio em que vivem hoje – em 10 anos de privatização não foram capazes de uma única inovação.

- A banda larga vai exigir inovação e concorrência.

- A telefonia privada não tem infra-estrutura para chegar ao país inteiro.

- Nem quer.

- Ela só quer ir aonde vá ganhar dinheiro, garantido.

- O negócio da telefonia privada é ficar na telefonia fixa: quanto mais tempo e para mais longe, mais cara a ligação.

- Com a banda larga, o negocio é diferente: quanto maior a capacidade, mais caro fica.

- No Japão, o serviço de voz, ou seja, a telefonia fixa, é 30% do negócio das telefônicas.

- No Brasil, 80%.

- É isso o que as telefônicas privadas querem preservar.

- A Telebrás tem cerca de 226 empregados e não deve ter uma folha maior do que essa.

- O trabalho da Telebrás será feito, principalmente, com o desenho de software – ela não precisa de maquinas ou escavadeiras.

- Seu papel será montar um sistema com provedores e subcontratados, e fazer com que a banda larga chegue até a casa do cliente (ou à “extra mile”, no jargão de telefonia).

- A Telebrás vai exigir que a velocidade da banda larga no Brasil aumente 10% ao ano.

- O Governo não aceitou a proposta da BrOi de tomar conta de toda a banda larga, porque segundo Santanna, a BrOi cobrou muito caro.

- A BrOi queria fazer por R$ 27 bilhões – o tamanho da divida dela – o que o Governo pretende fazer, com a Telebrás, por R$ 3 bilhões, em dez anos.

- E, além do mais, diz Santanna, a proposta da BrOi reforçaria seu monopólio.

(Ou seja, o Governo Lula parece ter dito à BrOi – “acabou a sopa, vire-se” – PHA)

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