ARTIGO EXTRAIDO DO BLOG DO PHA, SOBRE A TELEBRAS E O PORQUE DA NEGATIVA DO GOVERNO FEDERAL AO BROi.
Santanna: por que o Serra é contra a Telebrás. Porque ele é o filhote do FHC
Publicado em 11/05/2010 Compartilhe | Imprima | Vote (+14)
Santanna: a banda larga é como o sol - nasceu para todos
No programa “Record News Atualidade” que vai ao ar às 22H desta terça-feira, na Record News, entrevistei Rogério Santanna, que, como Secretário de Logística do Ministério do Planejamento, criou o Plano Nacional da Banda Larga, o PNBL.
Durante o programa, ele disse que aceitou o convite para ser presidente da Telebrás.
Veja trechos da entrevista (não são literais):
- A banda larga brasileira é cara, lenta e localizada.
- Concentra-se nas classes A e B e ignorou a classe C.
- E ignorou o Nordeste.
- Aumenta o consumo de tudo no Nordeste.
- Menos de banda larga.
- O Brasil dispõe de uma rede paralela à das empresas privadas, que é a infra-estrutura de Eletronet (*), da Eletrobrás e da Petrobrás.
- A partir dessa rede, a Telebrás poderá entregar, em 2014, banda larga a 4.278 municípios.
- Hoje, as telefônicas privadas dizem que só estão interessadas em concorrer em 148 municípios.
- E outros quatro mil ficariam condenados à desconexão eterna.
- As telefônica privadas cobram, hoje, em média, segundo o IPEA, R$ 96 mensais pela banda larga.
- O PNBL quer uma banda larga a R$ 30 – R$ 35 mensais.
- Em 2014, 40 milhões de famílias poderão receber essa banda larga a R$ 35.
- 40 milhões de lares é uma penetração parecida com a do Japão.
- O PNBL vai começar pelo Sudeste e pelo Nordeste.
- As telefônicas privadas não querem sair do bem-bom do monopólio em que vivem hoje – em 10 anos de privatização não foram capazes de uma única inovação.
- A banda larga vai exigir inovação e concorrência.
- A telefonia privada não tem infra-estrutura para chegar ao país inteiro.
- Nem quer.
- Ela só quer ir aonde vá ganhar dinheiro, garantido.
- O negócio da telefonia privada é ficar na telefonia fixa: quanto mais tempo e para mais longe, mais cara a ligação.
- Com a banda larga, o negocio é diferente: quanto maior a capacidade, mais caro fica.
- No Japão, o serviço de voz, ou seja, a telefonia fixa, é 30% do negócio das telefônicas.
- No Brasil, 80%.
- É isso o que as telefônicas privadas querem preservar.
- A Telebrás tem cerca de 226 empregados e não deve ter uma folha maior do que essa.
- O trabalho da Telebrás será feito, principalmente, com o desenho de software – ela não precisa de maquinas ou escavadeiras.
- Seu papel será montar um sistema com provedores e subcontratados, e fazer com que a banda larga chegue até a casa do cliente (ou à “extra mile”, no jargão de telefonia).
- A Telebrás vai exigir que a velocidade da banda larga no Brasil aumente 10% ao ano.
- O Governo não aceitou a proposta da BrOi de tomar conta de toda a banda larga, porque segundo Santanna, a BrOi cobrou muito caro.
- A BrOi queria fazer por R$ 27 bilhões – o tamanho da divida dela – o que o Governo pretende fazer, com a Telebrás, por R$ 3 bilhões, em dez anos.
- E, além do mais, diz Santanna, a proposta da BrOi reforçaria seu monopólio.
(Ou seja, o Governo Lula parece ter dito à BrOi – “acabou a sopa, vire-se” – PHA)
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